sábado, 20 de março de 2010

Manta velha

Hoje digo adeus a minha estação preferida do ano.

Adeus união. Olá movimento e liberdade.

Acho o Verão uma época para ser mais nostálgico.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O poder absoluto da canela

Gostam de doces?
Existe um doce português (será que é originário de Portugal?) que está normalmente presente em ocasiões de festa, o habitual e gostoso leite creme. Uma receita simples, fácil, mas muito boa. Um prato de leite creme é algo a que não consigo resistir. No entanto, nunca coloco canela.
Quando estou noutra casa que não a minha, a pergunta costuma ser habitual: "mas não gostas com canela? Devias provar que é muito bom.". Eu já provei e não gosto. E reparem, eu adoro canela. Apenas acho que quando se junta leite creme com canela, estou apenas a saborear canela e o sabor do creme desaparece.

Desaparecida está também a minha ideia que a comunidade gay era muito unida. Eu sempre pensei isto porque no meu mundo ainda é algo muito reduzido e entendo como uma pequena população arrumada a um canto que se une por falta de opção. Mas com o passar do tempo, vejo que essa população está crescida, formada e organizada. Pelo pouco que entendi existe os "gays masculinos" e os "gays femininos", ou seja, os(as) homens/mulheres que tem características do sexo oposto ou os que seguem os padrões do seu género. Se calhar até aqui eu talvez já tenha chegado sozinho, no entanto constato que eles não se dão muito bem. São como o irmão mais velho e o mais novo.

Com todo este novo mundo para descobrir, entendi que o amor também começa (quem é que eu quero enganar?) a mudar. Se alguém diz que se consegue apaixonar por homens/mulheres apenas está a dizer por alto como é o seu poder de amar. Porque na realidade no acto de fazer o pedido, vai pedir todos os condimentos, todas as especiarias e todas as iguarias que acha ter direito. E quando falta um bocadinho de salsa o prato já não é o mesmo, e a capacidade de amar desaparece.

Isto tem de curioso na mesma quantidade que tem de assustador. Porque muitas vezes, nem a pessoa com o maior paladar do mundo consegue notar todos os ingredientes de um prato. Mas, imaginemos, que descobre passados anos que aquele ingrediente sempre esteve ali. O que fazer? Vomitar todas as refeições ou continuar a fazer o que sempre fez, que foi amar e apreciar aquela incrível refeição?

Quanto a vocês não sei, mas vou continuar a comer leite creme sem canela. No entanto, os jesuítas vou comê-los, sempre que possível, com canela.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Avalanche de mudanças [2]


Já foi no Verão de 2007... Não foi bem uma novidade, mas ainda foi uma queda acentuada. Talvez porque antes existe uma viagem até à infância e estou sempre a viajar até lá.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Avalanche de mudanças

Eu acredito na força de acreditar.

A força de um sonho só fica completa se nós próprios acreditarmos na sua realização.
Mas das coisas que mais "gozo" me pode dar, durante o processo de ver ou viver um sonho, é a mudança. É ver o rapaz que anseia por uma namorada que o ama a chegar, é ver a rapariga que secretamente que ser mecânica a tirar o curso. No fundo, é a altura onde as coisas más desaparecem (ou ficam retidas) e o sonho se realiza. Há sempre uma mudança. E é disso que eu gosto. Até porque antes do baile, existe sempre a criação do vestido.

Mas para chegar a essa "mudança", podemos encontrar vários caminhos. Um que gosto particularmente é os "buracos". Vocês sabem... aquela sensação que caímos num buraco quando nos apercebemos de algo e ficamos arrasados no bom ou mau sentido. E esses "buracos" podem surgir de onde menos esperamos. De uma amiga que nós conta o que se passa na vida dela e acabamos por perceber que julgamos mal alguém sem saber o que realmente se passa, de um filme que nós leva para outra dimensão ou até mesmo uma noite deitados na cama a olhar para o tecto onde chegamos a uma conclusão inesperada.


domingo, 7 de março de 2010

O meu bem mais precioso

É Tim Burton com Carrol e não a versão de Burton de Carrol. Eu gostei muito de Alice in Wonderland.




Aqui a uns anos atrás, decidi guardar a minha "muticidade" dentro de uma chávena com um pires por baixo. É uma espécie de EU pequeno.
Por vezes vou ver como está a chávena. Existem dias em que adoro a experiência e outros em que tenho grandes discussões comigo mesmo.
A única coisa que desejo é não perder a minha origem.

terça-feira, 2 de março de 2010

Dúvidas fora do Cofre

Desde a ano e meio para cá que noto algo de diferente em mim. Se tenho uma tarde inteira para estudar chego ao fim sem ter estudado nada. Preguiça , pensam vocês. Mas acho que não. Porque eu não estudo para ir fazer outra coisa. Eu não estudo para não fazer nada. E isso para mim é um desperdício de tempo.
Eu explico: se eu chegar ao fim do dia e tiver apenas visto um filme, acho que o dia já foi bem empregue. Usei o tempo de forma insuficiente, mas usei. Agora ao que me refiro como "diferente", são os dias em que não faço absolutamente nada. Quer obrigações, quer diversões.
São dias de simples vegetação, onde nada de interessante acontece. E na maioria das vezes, não é por falta de coisas com interesse. É falta do meu interesse nas coisas.

Será que são consequências do passar dos anos? Tenho medo de perder o entusiasmo nos meus gostos.